Wednesday, December 29, 2010

Superficialidade

Não seja profundo
Seja superficial.
Olhe somente as roupas, as unhas o fundo,
Dê um olhar bem geral.

Não analise por mais de um minuto,
não entenda - Suponha!
Julgue todos em conjunto.
Critique baseado nas aparências,
Não sinta vergonha.

O meu caminho eu mesmo traço.
Dos outros já espero o fracasso.
Não consigo sentir a essência,
Só vejo a tinta e a casca.
Afinal, pra que conhecer tanta demência,
se em todos so vejo desgraça?

Dos livros que nunca leio,
tiro conclusões apressadas.
Vejo uma linha e creio,
que a lição foi guardada.

Ironia é o meu forte.
Beleza e graça não me seduzem.
Tais bobagens não assimilo.
Vejo o nascer do sol e o anulo.
Mas poderia a borboleta ser bela,
Sem passar pelo casulo?

Eu sempre evito o sofrer.
Dos outros não me aproximo.
É o meu jeito de ser,
Não tenho nenhum amigo.

Assim estou muito bem.
Quero nada entender.
Perto de mim ninguem chega ,
Pois evito o sofrer.
Nada nesse mundo me anima,
pois a muito deixei de viver.

Thursday, December 23, 2010

Gram

Quando amigos se vão...

E então,
Deixam-nos.
Fica o silêncio.
Sos.
Vao-se os nós que fazem da gente "nós" ao invés de eu, mim e tu.
Eles se vão. Sinto um aperto no coração.
A lágrima teimosa volta pra dentro do peito,
pra depois se fazer em cachoeiras de saudade.
Dói.
Dói pelo fato de não se poder abraçar.
Pelo menos fisicamente.
Almas unidas pelo mesmo sentimento de Amor fraterno.
Laços ungidos pelo Pai Eterno,
que unem tudo numa semente.
Germina e brota criando fontes infindas de sentimentos sinceros.
Amores simples e belos,
que não desvanecem com a distancia.
Pois mesmo as longínquas extintas estrelas
deixam luminosos rastros por milhoes de anos.