No momento em que dois trajetos se encontram, em que duas linhas se cruzam, o tempo para.
Duas almas, solitárias em si, se afinam, se projetam, se complementam, e mesmo que por um breve momento na existência, se unem.
Desafiados pelas circunstâncias, seguem firmes em seu propósito sublime.
Vão, rumando em direção ao infinito, cada qual em seu próprio contexto, em sua perspectiva.
No momento do encontro inevitável tangencial, de súbito, algo se transforma no interior de ambos. - seu cruzamento não foi em vão.
Tudo segue em paz, porém os pontos cartesianos mudaram de cor após a convergência, e assim se transformam esperando que o eterno ciclo da inevitável transformação se repita.
Não existe solidão dentro de si:
- não mais.