Não seja profundo
Seja superficial.
Olhe somente as roupas, as unhas o fundo,
Dê um olhar bem geral.
Não analise por mais de um minuto,
não entenda - Suponha!
Julgue todos em conjunto.
Critique baseado nas aparências,
Não sinta vergonha.
O meu caminho eu mesmo traço.
Dos outros já espero o fracasso.
Não consigo sentir a essência,
Só vejo a tinta e a casca.
Afinal, pra que conhecer tanta demência,
se em todos so vejo desgraça?
Dos livros que nunca leio,
tiro conclusões apressadas.
Vejo uma linha e creio,
que a lição foi guardada.
Ironia é o meu forte.
Beleza e graça não me seduzem.
Tais bobagens não assimilo.
Vejo o nascer do sol e o anulo.
Mas poderia a borboleta ser bela,
Sem passar pelo casulo?
Eu sempre evito o sofrer.
Dos outros não me aproximo.
É o meu jeito de ser,
Não tenho nenhum amigo.
Assim estou muito bem.
Quero nada entender.
Perto de mim ninguem chega ,
Pois evito o sofrer.
Nada nesse mundo me anima,
pois a muito deixei de viver.
legal Joao...muito bom...faz agente refletir...intensidade x riscos nesta vida :)
ReplyDeleteGostei desse seu poema, demonstra muito do que sinto também.
ReplyDeletePalavras simples com um vocabulário nem tanto rebuscado, ótimo poema, parabéns.
Nossa, aí tá um cara desencantado e desencanado!
ReplyDelete^^
volto em breve!