Wednesday, December 29, 2010

Superficialidade

Não seja profundo
Seja superficial.
Olhe somente as roupas, as unhas o fundo,
Dê um olhar bem geral.

Não analise por mais de um minuto,
não entenda - Suponha!
Julgue todos em conjunto.
Critique baseado nas aparências,
Não sinta vergonha.

O meu caminho eu mesmo traço.
Dos outros já espero o fracasso.
Não consigo sentir a essência,
Só vejo a tinta e a casca.
Afinal, pra que conhecer tanta demência,
se em todos so vejo desgraça?

Dos livros que nunca leio,
tiro conclusões apressadas.
Vejo uma linha e creio,
que a lição foi guardada.

Ironia é o meu forte.
Beleza e graça não me seduzem.
Tais bobagens não assimilo.
Vejo o nascer do sol e o anulo.
Mas poderia a borboleta ser bela,
Sem passar pelo casulo?

Eu sempre evito o sofrer.
Dos outros não me aproximo.
É o meu jeito de ser,
Não tenho nenhum amigo.

Assim estou muito bem.
Quero nada entender.
Perto de mim ninguem chega ,
Pois evito o sofrer.
Nada nesse mundo me anima,
pois a muito deixei de viver.

3 comments:

  1. legal Joao...muito bom...faz agente refletir...intensidade x riscos nesta vida :)

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  2. Gostei desse seu poema, demonstra muito do que sinto também.
    Palavras simples com um vocabulário nem tanto rebuscado, ótimo poema, parabéns.

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  3. Nossa, aí tá um cara desencantado e desencanado!

    ^^

    volto em breve!

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